Uma dança que existe há aproximadamente milhares de anos a qual guarda mistérios em sua origem e não tem documentos que comprovem seu nascimento até hoje. Esta é a tão famosa dança que aguça a sensualidade feminina: a dança do ventre. Suas origens datam do Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia. No mundo árabe, tanto a dança quando sua tradicional música faz parte do cotidiano das pessoas que lá vivem.
No início, a dança era praticada para reverenciar deusas da mitologia oriental, como Íris e Bath, em rituais ligados à fertilidade. Com o passar do tempo, a dança foi popularizada também no Ocidente. Recentes estudos científicos afirmam que a dança do ventre pode melhorar cólicas menstruais, ajudar na tensão pré- menstrual e proporcionar um intestino mais equilibrado.
Liége Báccaro, 24 anos, faz dança do ventre há aproximadamente um ano. Ela afirma que sentiu ótimos resultados com a prática. “Minhas cólicas não costumavam ser extremamente fortes, mas chegavam a me incomodar bastante. Também sentia dor de cabeça. As cólicas afetavam meu intestino e me deixavam sem disposição. Depois de dois meses praticando a Dança do Ventre, eu comecei a notar uma melhora. Gradualmente as cólicas foram diminuindo e hoje é raro eu ter”, comenta Liége.
A fisioterapeuta especializada na área de uroginecologia e proctologia, Aline Cardoso, comenta que não existem comprovações para esses resultados. Entretanto, ela explica por que isto acontece. “A dança do ventre trabalha a mobilidade de quadril da mulher e da mesma forma são trabalhados esses movimentos na fisioterapia”, conclui.
Renata Lobo é proprietária de uma escola de dança do ventre em Londrina há 14 anos. A profissional conta como a dança beneficia o corpo. “Fortalecemos e alongamos toda região do abdomen através de movimentos específicos da dança. É um exercício físico excelente. Os benefícios são o bem estar geral do corpo”, explica a professora.
A fisioterapeuta Aline Cardoso salienta que os benefícios para o intestino pode ser resultado de uma espécie de “micro massagem” proporcionada pela dança. Porém, a profissional alerta que para surtir melhoras é importante aliar os exercícios à uma boa alimentação e ter uma boa musculatura.
A aluna de dança Liége comenta que tinha problemas de intestino desregulado desde pequena, quadro que se alterou com a prática. “A melhora começou depois de alguns meses praticando a dança. Acredito que o fato de fazer algum exercício físico também contribuiu, mas nunca fiz nada que ajudasse tanto. Atualmente me sinto muito mais regulada e até mesmo saudável nesse aspecto”, relata.
Liége também conta que assim como as cólicas, sua tensão pré-menstrual hoje se manifesta com menos frequência e em menor intensidade. Ela afirma que na maioria das vezes se sente normal e tranquila.
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