domingo, 9 de setembro de 2012

Dança típica árabe alivia problemas femininos

Por trabalhar com mobilidade do quadril, dança do ventre ajuda a equilibrar o intestino, melhorar cólicas menstruais e diminuir a intensidade da tensão pré- menstrual


Uma dança que existe há aproximadamente milhares de anos a qual guarda mistérios em sua origem e não tem documentos que comprovem seu nascimento até hoje. Esta é a tão famosa dança que aguça a sensualidade feminina: a dança do ventre. Suas origens datam do Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia. No mundo árabe, tanto a dança quando sua tradicional música faz parte do cotidiano das pessoas que lá vivem.

No início, a dança era praticada para reverenciar deusas da mitologia oriental, como Íris e Bath, em rituais ligados à fertilidade. Com o passar do tempo, a dança foi popularizada também no Ocidente. Recentes estudos científicos afirmam que a dança do ventre pode melhorar cólicas menstruais, ajudar na tensão pré- menstrual e proporcionar um intestino mais equilibrado.

Liége Báccaro, 24 anos, faz dança do ventre há aproximadamente um ano. Ela afirma que sentiu ótimos resultados com a prática. “Minhas cólicas não costumavam ser extremamente fortes, mas chegavam a me incomodar bastante. Também sentia dor de cabeça. As cólicas afetavam meu intestino e me deixavam sem disposição. Depois de dois meses praticando a Dança do Ventre, eu comecei a notar uma melhora. Gradualmente as cólicas foram diminuindo e hoje é raro eu ter”, comenta Liége.

A fisioterapeuta especializada na área de uroginecologia e proctologia, Aline Cardoso, comenta que não existem comprovações para esses resultados. Entretanto, ela explica por que isto acontece. “A dança do ventre trabalha a mobilidade de quadril da mulher e da mesma forma são trabalhados esses movimentos na fisioterapia”, conclui. 

Renata Lobo é proprietária de uma escola de dança do ventre em Londrina há 14 anos. A profissional conta como a dança beneficia o corpo. “Fortalecemos e alongamos toda região do abdomen através de movimentos específicos da dança. É um exercício físico excelente. Os benefícios são o bem estar geral do corpo”, explica a professora.

A fisioterapeuta Aline Cardoso salienta que os benefícios para o intestino pode ser resultado de uma espécie de “micro massagem” proporcionada pela dança. Porém, a profissional alerta que para surtir melhoras é importante aliar os exercícios à uma boa alimentação e ter uma boa musculatura.

A aluna de dança Liége comenta que tinha problemas de intestino desregulado desde pequena, quadro que se alterou com a prática. “A melhora começou depois de alguns meses praticando a dança. Acredito que o fato de fazer algum exercício físico também contribuiu, mas nunca fiz nada que ajudasse tanto. Atualmente me sinto muito mais regulada e até mesmo saudável nesse aspecto”, relata.

Liége também conta que assim como as cólicas, sua tensão pré-menstrual hoje se manifesta com menos frequência e em menor intensidade. Ela afirma que na maioria das vezes se sente normal e tranquila.

Mais benefícios da dança da feminilidade

A professora Renata Lobo diz que as alunas comentam constantemente que estão com menos dores musculares devido aos alongamentos. Renata conta que as alunas também comemoram a contribuição para a postura, a auto estima melhorada e o bem estar proporcionado pela atividade. “Os benefícios são maravilhosos e podemos aliar o prazer de dançar e ao mesmo tempo nos exercitar”, acrescenta Renata Lobo.

“Me sinto mais disposta e mais feliz por finalmente ter encontrado uma atividade física que eu goste e consiga manter. A dança também ajuda na questão da coordenação. Acho que é fantástico trabalhar com os movimentos e a música de maneira que seu corpo adquira certa graciosidade”, comenta a adepta a dança do ventre, Liége.

Liége Báccaro indica a dança do ventre para quem não se sente muito à vontade nas academias e não gosta de fazer exercícios “só por fazer”. Ela ressalta que gosta de pensar que está se exercitando e aprendendo algo ao mesmo tempo.

Segundo a professora e bailarina Renata Lobo. “Todas as mulheres deveriam fazer a encantadora e saudável dança do ventre. É um encontro com o feminino! Um exercício completo”, recomenda.

domingo, 15 de julho de 2012

Mulher ainda é vítima da violência doméstica

Este é um drama que não escolhe idade e classe social; em 2010, o CAM atendeu 435 casos

Você sabia que a cada 15 segundos uma mulher é espancada no Brasil? E que a cada cinco anos a mulher perde um ano de vida saudável se sofre violência doméstica? Outro dado impressionante, 25% dos dias de trabalho perdidos pelas mulheres são decorrentes da violência doméstica.  Esse tipo de violência acontece independente de raça ou classe social e as principais vítimas são mulheres entre 20 e 35 anos. Na maioria das vezes, os agressores são seus próprios companheiros.

A violência doméstica é dividida em vários tipos. A física, quando existe agressão corporal; a psicológica é qualquer conduta que cause dano emocional, como humilhação, constrangimento ou manipulação. A violência sexual acontece quando alguém é obrigado a participar de qualquer relação sexual não desejada. Já a patrimonial acontece no caso em que alguém tem seus objetos pessoais ou instrumentos de trabalho destruídos por outra pessoa. Por fim, a violência moral é entendida por calúnia, difamação ou injúria.

Para as mulheres que sofrem de violência doméstica em Londrina, existe apoio do Centro de Atendimento à Mulher (CAM), ligado à Secretaria Municipal da Mulher, que conta com uma equipe de serviço social, psicólogas, prestação de assistência jurídica. O órgão ainda mantém uma casa abrigo.

"O programa auxilia também os filhos das mulheres vítimas de violência doméstica", afirma Lucimar Rodrigues da Silva, secretária do CAM. "Quando a mulher vai para o abrigo com seus filhos e é detectado que as crianças também sofrem violência, é feita articulação com o órgão responsável por atendimento a crianças e adolescentes em situação de violência doméstica."

Lucimar da Silva aconselha as mulheres que sofrem violência doméstica. "Em caso de ameaça de vida, ela deve procurar órgãos competentes para ser enviada a um abrigo seguro. Nos outros casos, a mesma é orientada a procurar denunciar o agressor e se continuar na casa junto a ele, que avise os vizinhos para chamar a polícia caso percebam algo errado."

Em 2010, o CAM atendeu 435 casos, sendo 80 de mulheres que já haviam procurado serviço, mas não seguiram adiante e depois voltaram procurar o programa. "A maior incidência foi a violência psicológica. Este tipo de violência confunde e dificulta a percepção das mulheres, enfraquecendo a estima e a capacidade de autonomia, porque ela fragiliza a capacidade de reação na situação da violência", explica Lucimar da Silva.

A psicóloga Patrícia Raboni atua no CAM há 11 anos. "A psicologia tenta ir mostrando caminhos para essa mulher, dizendo que ela é capaz de levar sua vida sem aquele agressor. Nós mostramos a ela que existem saídas."

Os danos que a violência doméstica podem causar em uma mulher são incalculáveis. "Hipertensão, baixa autoestima, danos emocionais e outras doenças. Existem casos até em que a mulher vem a desenvolver um câncer e algumas chegam a óbito", afirma a psicóloga.

Medo, humilhação, dor, violência, vergonha e culpa não devem fazer parte do dia-a-dia de ninguém. A lei Maria da Penha prevê a aplicação de justiça imediata nos casos de violência doméstica contra as mulheres, com o intuito de reduzir os casos. A lei também atende crimes contra crianças e adolescentes.

Animais também precisam de cuidados odontológicos

Os primeiros sinais de que o animal está com problemas bucais são o mau hálito, sangramento na gengiva ou a ausência de um dente

Os seres humanos necessitam de cuidados odontológicos e os animais não são diferentes. Eles também tem doenças orais e precisam de atenção. Os restos de alimentos e bactérias também se acumulam na superfície dentária dos pets e podem formar a placa bacteriana e o tártaro. Estes problemas bucais atingem cerca de 85% dos cães e gatos e se não forem devidamente tratados podem afetar órgãos como os rins e o fígado.  
A veterinária e especialista em odontologia animal, Milena Mainardi, atende em uma clínica direcionada aos cuidados orais de diversos animais como cães, gatos, coelhos, passarinhos e hamsters. “Os primeiros sinais de que o animal está com problemas bucais são o mau hálito, sangramento na gengiva ou a ausência de um dente. É importante que o dono esteja sempre observando a boca de seu animal e que de preferência o acostume desde filhote”, explica a veterinária.

Milena Mainardi comenta que a maior procura na clínica é para extração de dente de leite e remoção do tártaro. A veterinária explica que a doença mais comum nos animais adultos é a periodontal, uma somatória de diversos problemas bucais, quando a placa bacteriana já se instalou nos dentes. Essa é a doença responsável pela inflamação de gengiva e destruição dos tecidos que sustentam os dentes. A veterinária salienta que, muitas vezes, o acúmulo bacteriano é tão grande que quando é realizada a limpeza, o dente cai junto. Geralmente isto acontece porque estava sendo sustentado apenas pelo excesso de sujeira.

É muito importante que o dono escove os dentes de seu animal uma vez ao dia com escova e pasta de dentes adequadas. Além de fazer a visita ao dentista regularmente, pelo menos uma vez ao ano, pois a prevenção ainda é a melhor solução. Se o animal já estiver com um acumulo de tártaro deve ir a um profissional para fazer uma raspagem e só depois iniciar a escovação.

A veterinária também dá dicas de cuidados para quem tem um animalzinho. Ela afirma que ração seca é a melhor, pois auxilia no controle da placa bacteriana. Milena Mainardi também encoraja os donos a ensinar e estimular seus animais a brincarem com mordedores e brinquedos para higiene bucal. Além disso, é interessante oferecer tiras de couro diariamente para o cãozinho.

O “mercado pet” é um dos que mais vem crescendo hoje em dia e a saúde bucal tem sido muito divulgada. “Hoje muita gente procura a clínica. Uma vez que o cliente conhece o procedimento, sempre retorna. Ultimamente o ser humano fica mais tempo sozinho e mais perto de seu animal que, muitas vezes, ‘substitui um filho’, o que faz com que o mascote precise de mais cuidados, já que está tão próximo”, salienta a veterinária.

Produtos orgânicos trazem benefícios à saúde

Livres de agrotóxicos, cultivados com responsabilidade ecológica respeitando e preservando a natureza são sinônimo de alimentação saudável

Quando o assunto são produtos orgânicos, logo vem à cabeça a ideia de “alimentos livres de agrotóxicos”. Mas, para ser efetivamente orgânico, são necessários outros fatores. Tais alimentos são cultivados em um ambiente de produção que respeita as leis da natureza e preserva os recursos naturais, desde o cuidado com o solo até os insetos.  Além disso, não é permitido utilizar substâncias prejudiciais como, por exemplo, agrotóxicos.

O produtor Leandro Garcia, que atua numa empresa especializada na produção de orgânicos, comenta as principais diferenças desse tipo de plantação. “A orgânica exige cuidados diferenciados, principalmente, no começo. A grande diferença está no fato de não usar nenhum método que possa agredir a natureza, então, o alimento será produzido de maneira natural e correta.”

De acordo com Garcia, hoje existe no mercado uma variedade de venenos orgânicos à base de produtos naturais para eliminar as pragas na plantação. Ele explica que não se pode usar de forma contínua. “Senão, vou matar bichos que não quero que morram. Então penso no quanto [as pragas] vão estragar a plantação, se for pouco, prefiro isto a utilizar o veneno”.

A nutricionista Valéria Mortara ressalta que os agrotóxicos são substâncias químicas que podem causar problemas no organismo como doenças inflamatórias, queda de cabelo e até mesmo câncer. “Não existem pesquisas comprovando, mas é possível ocasionar depressão”, completa.

Há quem diga que os alimentos orgânicos são mais saborosos e contêm mais vitaminas. A nutricionista Valéria Mortara esclarece esta dúvida. “Não existe comprovação cientifica de que o orgânico tem mais vitaminas. A vantagem está primeiramente nele ser ecologicamente responsável, em segundo tem menos produtos químicos. Mas, a questão do sabor e das vitaminas é uma percepção das pessoas que comem.”

A estudante de Ciências Sociais, Vivian Matsumoto, 19 anos, é vegetariana e dá preferência aos alimentos orgânicos há aproximadamente quatro anos. “Sinto diferença na digestão, consequentemente, no meu bem estar. Pois, um alimento produzido em um solo saudável ausente do uso de fertilizantes e pesticidas traz uma diferença grande não só no sabor, mas o nosso organismo acaba sentindo”, comenta. Segundo Vivian, é fácil encontrar este tipo de alimentos em grande mercados e lojas de produtos naturais, além de restaurantes vegetarianos.

A nutricionista Valéria dá dicas para pessoas que não podem comprar todos os alimentos orgânicos e querem “amenizar” os problemas dos convencionais. “Principalmente, comprar os alimentos da época, pois um alimento que não é da época vai precisar de mais substâncias químicas para crescer. Outra dica é a de estar atento as hortas comunitárias e dar preferência a alimentos inteiros, como a maçã.  A laranja pode ser comprada do modo convencional, pois tem a casca grossa que protege”, orienta.

Restaurante cria cardápio com produtos orgânicos

A chef de cozinha e estudante de nutrição, Yoná Vega, é proprietária junto com sua mãe, Viqui Vega, de um restaurante em Londrina que só utiliza produtos orgânicos em suas receitas. Yoná conta que seu interesse pelos produtos orgânicos começou a partir de mudanças da alimentação dentro de casa. “Minha mãe sempre foi ligada à natureza, sempre comemos muita proteína de soja e legumes. O interesse maior começou quando meu irmão Antônio nasceu, há cinco anos, com Síndrome de Down. Nós começamos a prestar mais atenção na alimentação”, relembra.

O restaurante está funcionando há oito meses. Na opinião de Yoná, a alimentação orgânica ainda é pouco explorada em Londrina. A chef afirma  que mesmo encontrando dificuldades para divulgar o restaurante, já conta com clientes fiéis. “Muitas famílias estão sempre presentes, algumas não têm tempo de cozinhar como deveriam, então, encontram conforto aqui, em uma casa pequena, com alimentos saudáveis e sabor de comida caseira.”

Os alimentos orgânicos são mais caros do que os convencionais, esta é a grande dificuldade para quem trabalha ou consome esses produtos. A estudante Vivian Matsumoto acredita que, apesar do valor elevado, vale a pena consumir orgânicos. Yoná comenta que isso faz diferença em seu produto final. “Quem não valoriza o bem que faz à saúde, não compreende o preço que fazemos o possível para ser bom,” explica.
Para a chef Yoná, a satisfação de seu trabalho cotidiano vai além de criar receitas diferenciadas. “O prazer em ter um restaurante orgânico está desde a compra dos alimentos, a plantação e do crescimento da horta. Está nas pessoas que comem, e nos clientes que vêm quase todos os dias. A casa está disponível para todos, acredito que as pessoas deveriam ser mais abertas em relação à alimentação, deveriam conhecer”, diz Yoná sorridente, acrescentando ter atenção e carinho com os alimentos.

O produtor Leandro Garcia também concorda que vale a pena trabalhar com orgânicos. “Primeiramente, você vende um produto que não agrediu o ambiente que a próxima geração vai utilizar. Outro fato é estar vendendo um produto que não faz mal para as pessoas.”

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Especial Gato Persa: Uma raça peculiar

O Persa é uma criatura de olhar doce, temperamento sensível e afetuoso. Além de adorar a companhia humana

Pelagem longa e exuberante, face redonda, focinho pequeno e achatado. Bochechas cheias, pernas curtas, porém, fortes, olhos grandes, brilhantes e doces.  Essas são algumas das características da raça de gatos mais famosa em todo o mundo: O gato Persa.

De onde surgiu este gato tão Peculiar? Seu nome não foi escolhido por acaso, pois sua história tem início no século XVII, quando um viajante italiano, Pietro Della Valle visitou à antiga Pérsia, hoje conhecida como Irã. Pietro levou com ele alguns dos gatos que andavam pelas ruas locais. Naquela época os gatos persas não tinham as mesmas características atuais, sua face era mais semelhante a dos gatos tradicionais, mas, já tinha uma longa pelagem brilhante, por isso, imediatamente conquistaram a atenção de todos.

Depois de algum tempo, aproximadamente um século, iniciaram as transformações na raça, cruzando Persas com angorás, para que sua pelagem se tornasse mais macia e fina. Logo em seguida trabalharam para um melhoramento genético, a fim de obter um padrão ideal para a raça, além de obter maior variedade de combinações de cores para esses gatos. Atualmente existem em média cem padrões de cores diferentes entre os Persas, variando do branco neve até o malhado, conhecido como casco de tartaruga.

O padrão de raça dos Persas é divido em três nomes. Os de padrão Show, Breeder e Pet. O gato Show é o que se encaixa perfeitamente ao padrão exigido pelas Associações e Confederações Felinas Mundiais. Este gato é usado principalmente em exposições ou shows, por isso o nome. Este Persa tem o nariz exatamente na linha dos olhos, suas orelhas são mais curtas e arredondadas, e não possuem nenhum dente desalinhado. Existe ainda o “Top show”, que é o mesmo padrão, porém com características ainda mais fortes.

Segundo a veterinária Thalita Portugal, os gatos Show têm mais probabilidade a problemas respiratórios e a epífora, aquelas lágrimas que costumam escorrer dos olhos do Persa. “O ideal é sempre fazer uma limpeza nos olhos, pois essas lágrimas são ácidas e machucam o gato”. Explica à veterinária.

Breender é aquele que chegou muito perto do modelo ideal, mas não o suficiente para participar das exposições. O nariz dele é enterrado no crânio, mas não ficou exatamente na mesma linha dos olhos. Alguns Breender são usados para a reprodução porque podem gerar filhotes show.

O gato de padrão Pet é um Persa de raça pura, mas, que por algum acaso não segue as características exigidas. O que o faz ser Pet é não possuir o focinho tão enterrado no crânio, ele tem uma leve saliência nasal. Este padrão pode possuir orelhas e patas um pouco mais alongadas, mas, sua pelagem continua longa, cheia e brilhante. Apesar destas distinções ele não se distancia muito das características do Breender ou, até mesmo, do Show. 

Temperamento do Persa

O gato Persa é tão delicado e elegante, que pode nos lembrar uma bailarina dançando. São extremamente apegados aos donos e, se bem tratados, tão fieis como os cães. “Existe bastante diferença do Persa para as demais raças de gato. Seu comportamento é dócil, super afetuoso e muito mais tolerante com crianças”. Afirma a veterinária Thalita Portugal.

O Persa é muito inteligente, e possui um olhar bastante expressivo.  Este gato é tranqüilo e quieto, dificilmente vai ouvi-lo miar, são criaturas sensíveis e amáveis, que adoram a companhia das pessoas, dando-se bem com outras raças e até mesmo com cães.

Seus hábitos diários são disciplinados, eles têm facilidade de aprendizado e normalmente obedecem ao que lhes foi ensinado. São gatos geralmente sociáveis, mas, se não gostam de alguma pessoa não adianta forçá-lo, pois deve ter suas razões, o que não significa que irá atacá-la, não é característica da raça fazer isso.

Se você tem um persa, tem um companheiro, eles são extremamente carinhosos, e retribuem cada gesto de atenção. Se você estiver triste é muito provável que seu gato perceba e permaneça ao seu lado. Apesar de muito apegados ao dono, podem ficar sozinhos tranquilamente, desde que esteja com sua caixinha de areia, alimento e água fresca por perto.

Essa raça é bastante higiênica, e se limpa diversas vezes ao dia, principalmente após as refeições, antes de dormir e quando acordam. Sua língua é áspera e própria para que ele penteie sua longa pelagem.

A funcionária pública Cléia de Oliveira se diz apaixonada por todos os tipos de gatos, e conta sua história com o Persa. “Há mais de vinte anos atrás, conheci uma senhora alemã que morava perto da minha casa chamada Nair de Lima, mais conhecida como dona Mauve. Ela foi à primeira criadora de gatos Persas em Londrina. Eu e minhas filhas fomos até a casa dela, e quando chegamos nos encantamos com a senhora e com a casa cheia de informações, toda decorada no estilo alemão. Logo encomendamos um filhote. Desde então tive aproximadamente dez Persas, e minhas filhas adotaram esta senhora como avó, então ela se tornou muito próxima da família até o seu falecimento”.
Atualmente Cléia tem três Persas em casa. Dorian, dois anos, dono de olhos encantadores. Xodó, seis meses, seu lindo gato amarelo. E o recém chegado Clóvis, 45 dias, o pequeno branco neve, que como bom filhote brinca com tudo que o cerca.
“O Xodó é sem dúvida o mais ativo, sem falar do Clóvis, que chegou há apenas três dias e ainda é um filhote, mas Dorian é o mais gordo e paradão”. Afirma Cléia.
Cléia comenta o que seus gatos significam para ela. “Eles são a minha distração, estão na mesma linha de preocupação da família. Depois de um tempo eles não são apenas gatos. São o Dorian e o Xodó, mas, por enquanto o Clóvis ainda é gato (risos). Principalmente agora que minhas filhas se casaram, eles são tudo na minha vida”.
Cuidados com o Persa
Quando você pretende ter um Persa, deve estar ciente de que sua linda e longa pelagem requer cuidados especiais. Por isso este gato é o ideal não só para quem quer um companheiro simpático, mas, também para quem gosta de dedicar um tempo diariamente para seu animalzinho.
A veterinária afirma que este gato deve ser penteado todos os dias com a escovinha adequada, por dois motivos: primeiro que se o pelo não for escovado pode formar nós difíceis de desembaraçar, e quando isso acontece o gato deve ser tosado. Segundo, que o gato se lambe muito, e se o dono não o pentear, tirando o excesso de pêlo morto, o gato irá engolir este pêlo, que muitas vezes não será expelido, ficando preso em seu estomago, exigindo que se faça uma lavagem.
Thalita Portugal comenta que o gato Persa deve tomar banho pelo menos uma vez ao mês, e que é recomendável fazer tosa higiênica, nas partes íntimas e na barriguinha.
A veterinária também explica que o Persa pode sim ser tosado por estética ou no verão para aliviar o calor, mas então, a tosa deve ser feita com a tesoura só para diminuir o volume do pêlo.
Thalita também salienta que o gato Persa tem mais pré-disposição a ter problemas de cálculo renal. Por isso o dono deve estar atento em relação ao funcionamento urinário de seu companheiro.
Cléia de Oliveira comenta que uma ração de boa qualidade faz a diferença na pelagem de seus gatos. Hoje em dia já existem tipos disponíveis no mercado ideais para os Persas, com o formato específico para a dentição da raça, além de auxiliar na manutenção da saúde do Persa e proporcionar uma pelagem ainda mais bonita.
Quem deseja ter um Persa deve estar ciente de que precisa de disponibilidade de tempo para cuidar diariamente de sua pelagem e oferecer uma ração de boa qualidade, além de dar muita atenção, amor e carinho ao seu gatinho.

PS: A foto do 1º gato lá em cima (o cinza), é do meu lindo Kaique, de 8 aninhos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Onicofagia, suas causas e tratamentos

Quando o hábito de roer unhas se torna preocupante? Existem tratamentos para onicofagia?


A onicofagia é o termo médico utilizado para nomear o hábito de roer as unhas, tão comum em nossa sociedade, mas que poucos conhecem a fundo. O hábito surge geralmente aos quatro ou cinco anos de idade, quando as crianças estão no início da fase escolar e se deparam com um universo totalmente novo para explorar, nessa época elas sofrem mudanças emocionais e sociais.

A psicóloga infantil Luciene Facco, explica porque as crianças começam a roer as unhas. “Se uma criança roe unhas é porque algo está a lhe provocar uma instabilidade que ela não consegue manifestar de outra maneira, como ciúmes de um irmão, pai ou mãe ausente, problemas de aprendizagem, pais controladores, ou crianças hiperativas, ansiosas e, por vezes, autoritárias”.

Guilherme Michelato tem 19 anos, e não se lembra exatamente quando começou a roer as unhas, só sabe que faz muito tempo. Ele se considera bastante ansioso e tímido.

Luciene Facco comenta que este hábito é, muitas vezes, de fundo emocional. “Este é um sinal de que alguma coisa na vida daquela pessoa esta causando ansiedade, angústia ou nervosismo. As causas desse hábito são de fundo emocional, no entanto, pode ocorrer devido à tendência familiar por ato de imitação.”

Ramon Barzon, roe unhas desde os quatro anos de idade. Hoje com 21 anos, percebe que quando está nervoso ou ansioso involuntariamente roe mais as unhas. “Meu tio também tem o hábito, e justamente na época em que comecei a roer, tinha muito contato com ele”, conta.

Este hábito também pode dar início na adolescência, um momento de intensa mudança psicológica, que leva 44% dos jovens a roer as unhas neste período. Este número costuma diminuir na faixa dos 16 anos, e apresenta aumento na faixa etária dos 4 aos 18 anos.

Cesar Simões é clinico geral, e alerta sobre os danos que a onicofagia  causa à saúde. “Pode trazer sérios problemas, pois veicula germes localizados abaixo da unha para a cavidade bucal”.

Tratamento

O médico explica que problemas compulsivos, que causam sangramento ou mesmo inflamações persistentes, podendo até mesmo atrapalhar as atividades manuais do dia a dia, como escrever, dirigir ou tocar um instrumento musical, são casos considerados graves que precisam de um tratamento imediato.

Cesar Simões, alerta que o primeiro profissional a ser procurado é o clínico geral, depois o cliente pode ser encaminhado a um dermatologista ou um psicólogo.

Não é comum que as pessoas procurem um especialista para tratar especificamente da onicofagia, isso normalmente é observado ao decorrer das consultas, e, assim, indicado um tratamento. Nos cacos mais graves pode ser encaminhado ao psiquiatra, que devera indicar remédios, como atidepressivos.

A psicóloga Luciene Facco nos conta como é feito o tratamento. “Na psicologia infantil através de desenhos e jogos que ajudam a exprimir o próprio mal estar e a liberar a criança da ansiedade, fazendo com que ela se sinta bem com ela própria, no caso adulto é necessário recorrer a um especialista conforme sua personalidade, podendo ser um psicoterapeuta”.  

Ramon Barzon conta que já tentou parar de roer as unhas. “Quando eu tinha uns 12 anos, minha mãe comprou aquelas bases com pimenta para eu passar nas unhas”.

A psicóloga explica que o uso de receitas caseiras, como substâncias amargas, nunca devem ser aplicadas, pois pode causar maior ansiedade e aumentar o hábito. Acrescenta que os pais devem estar atentos, principalmente com os adolescentes, para que não substituam o hábito de roer as unhas por outros, como beber, fumar, ou comer em excesso. Ou seja, a intensidade do hábito deve ser observada para que a pessoa seja encaminhada a área da saúde para uma avaliação criteriosa.